"O dinheiro está mudando de mãos", afirma Renata Vichi, vice-presidente executiva do Grupo CRM, que é dono da Kopenhagen, fabricante de chocolates fundada em 1928. Depois de fazer pesquisas, a empresa constatou que havia uma lacuna no mercado de lojas especializadas em chocolates no atendimento das classes B e C, fora das grandes marcas industrializadas vendidas em supermercados.
Por isso, decidiu criar uma nova marca, a Brasil Cacau, com produtos entre 30% e 50% mais baratos em relação aos da marca principal, sem arranhar o posicionamento de mercado da Kopenhagen, voltada para o público classe A. "Jamais abriríamos uma loja da Kopenhagen na Vila Formosa (bairro paulistano caracterizado como de classe C)", observa Renata.
Quando a empresa mudou a produção de São Paulo para Extrema (MG) e triplicou o tamanho da fábrica, a oportunidade de ter uma nova marca tornou-se factível com a maior escala de produção. Em janeiro de 2009 foi aberta a primeira loja da Brasil Cacau. "Tivemos uma aceitação fantástica", conta Renata.
Hoje são 80 lojas, sempre localizadas em ruas de grande fluxo de pedestres. A meta é fechar o ano com 180 pontos de venda. Do faturamento do grupo previsto para este ano de R$ 214 milhões, menos de 10% virão da segunda marca. Mas, até 2013, diz Renata, a nova marca deverá responder por metade da receita da companhia.

Fonte: http://www.colacril.com.br/INFORMATIVO/empresas_apostam.html